quarta-feira, outubro 01, 2008

Expomusic 2008: Eu Fui...Voltei...E Sobrevivi

Nesse último sábado eu fui conferir a Expomusic 2008. Chego no Expo Center Norte por volta das 15:10 e me deparo com uma fila de pelo menos 700 pessoas!!! Não estava a fim de voltar e decidi encarar. Com meia hora de fila, meu MP3 já tinha esgotado a bateria então tive que aguardar em silêncio mesmo...A fila serpenteava no estacionamento de uma maneira assustadora, pois os organizadores tinham que liberar espaço para os carros poderem passar. Logo atrás de mim tinha um casal cuja namorada merecia uma taça...Num determinado momento ela disparou: "olha só, todo mundo tá de camiseta preta, isso solta um cheiro...Já imaginou como deve estar aí dentro???" Aí o namorado rebateu: "Mas você também está de camiseta preta, e de cinto estilo 'emo'". Ela não teve dúvidas em dar uns beliscões nele. Mais para frente, quando a fila já beirava um dos pavilhões, deu pra ouvir lá de fora um cara fazendo um espetacular solo de bateria, ao que a emo-revoltada-arrogante disse: "pra quê fazer isso, parece que ele tá batucando num monte de panela...". Nessa hora eu fiquei de perfil pra ela e deixei bem claro que também estava vestido de preto (camisa do Ozzy) e ela ficou mais quieta. Ainda bem que o cara tinha um mínimo de cultura musical, pois em um momento disse: "Quando eu vi aquele cara, o Stanley Jordan, tocando guitarra eu disse: 'Pqp cara, vai à mErD@!!! Nunca vi alguém detonar na guitarra como aquele cara...". Para completar a tortura, uma revendedora de carros tocava a coletânea do Information Society no último volume e do outro lado no fim do estacionamento tinha um cara com uma Kombi que ficava tocando um tal de Funk da Piriguete, ninguém merece...Depois de toda essa provação, finalmente cheguei na bilheteria. E já eram 16:55!!!

Bem, finalmente consegui entrar na feira e não perdi tempo: fui nos stands da Casio e da Suzuki, que agora também fabrica guitarras. Impressionante o stand da Roland, com toda a linha de instrumentos e acessórios. O legal foi ver um stand em forma de lanchonete dos anos 50 com uma banda tocando rockabilly, assim como a incrível variedade de stands com instrumentos não muito fáceis de se encontrar, como a fabricantes de harmônicas Bend's e uma harpa numa redoma de vidro em outro stand. Mas houve outros que primavam pela bagunça, como o da Tagima, uma das melhores marcas de guitarras brasileiras. Um garoto ficava fazendo de conta que tocava uma guitarra como se fosse uma viola caipira, atitude compartilhada por um tiozão que pedia para tirar fotos dele empunhando a guitarra. Isso com uma multidão de uns 10 caras (comigo incluso) olhando pra cara dos dois esperando para tocar a guitarra, e nem dava para engrossar com eles, já que estavam com credenciais de expositor. Foi aí que o pivete percebeu e me passou a vez...Tiveram outros stands que se eles se preocupassem em mostrar mais os instrumentos teriam tido mais sucesso, como o da Gianini, que para se ter acesso a algum instrumento só entrando em contato com alguém do stand...Como o pavilhão de entrada abrigava mais acessórios, fui para o pavihão seguinte, esse sim onde pude me esbaldar, hehehhehehe...

Primeiro indo no sempre bem montado stand da Playtech, com guitarras Fender e Jackson onde se podia fazer o test drive dos pedais da empresa. O único problema foi pôr as Jacksons plugadas nos pedais mais básicos (algo que não combina com o estilo dela), enquanto que as Fenders Stratocaster e Telecaster ficaram com os melhores pedais de distorção. Logo em seguida foi a vez de ir na Fritz Dobbert conferir os pianos de cauda e de armário que a empresa fabrica. Em seguida foi a vez do stand da Yamaha, que agora vem com uma linha completa de instrumentos. Destaque para a linha de guitarras modelo Vintage, com desenho baseado nas guitarras Gibson modelos M330 e Les Paul e da marca Gretsch. Experimentei um modelo Stratocaster preta que me chamou a atenção logo de cara por sua leveza e facilidade no manuseio, apesar dos pedais onde estava plugada não serem tão versáteis quanto os da Playtec. Depois de encarar um café para recuperar as energias ( a Praça de Alimentação nesse ano estava bem maior e mais organizada), fui para a última parte da feira, o Pavilhão da Mídia, onde estavam em sua maioria stands das revistas especializadas (Rock Brigade, Roadie Crew, Backstage e Rolling Stone entre outras) e das rádios (Kiss FM). Comprei um CD do Running Wild, Black Hand Inn e um EP do Cathedral, Soul Sacrifice/Static Majik. Vou fazer a resenha deles aqui em breve...De volta para a feira, fui conferir uma das únicas guitarras Ibañez que estava disponível para serem tocadas (com desenho igual a que o Carlos Santana usa) no stand da Adah e me mandei, lá pelas 20:55, perto do fechamento da feira. Ainda tinham outros stands onde se podia encarar um campeonato de Rock Band, jogo no estilo do Guitar Hero (que nem me atrevi a jogar, já que sou prego demais...). No balanço geral, foi uma boa feira, apenas senti falta de algo relacionado a outras feiras, pois no stand da Gibson por exemplo havia a recém-lançada Guitar Robot, que se afina automaticamente mas não tinha nenhuma para ser demonstrada. Isso sem contar que não trouxeram as guitarras famosas de artistas que a empresa patrocina, como as SG1 de Tony Iommi e Angus Young, a M330 de Noel Gallagher do Oasis, a Les Paul de Zakk Wylde, entre outras. E que fim levaram as guitarras da Washburn? Faz tempo que não vejo algo a respeito, será que deixaram de ser fabricadas? Em termos de diversão, senti falta de duas coisas: o Blind Ear da Roadie Crew (onde você precisa adivinhar qual banda está tocando para ganhar um CD) e um concurso de air guitar não seria nada mal. E aí Francal, que tal essa sugestão para o ano que vem????????

Valeu Expomusic, até 2009!!!      

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