domingo, maio 18, 2008

Show Do Queensryche: Eu Fui (E Voltei)

Nessa sexta-feira eu quebrei o jejum de quase quatro anos sem ir num show e, na enxurrada de shows que tivemos nesse início de ano, decidi que iria ser o do Queensryche que eu iria ver.

Na terça-feira eu pedi pra minha mana comprar o ingresso na Die Hard na Galeria do Rock (60 pilas) e já tinha entrado em contato com meu amigo Ed que também ia. Chegou na sexta-feira, mal entro em casa voltando do trampo ele liga, dizendo que ao contrário do que tínhamos combinado (dele passar aqui em casa), tive que ir até a Paulista para encontrar com ele. Me preparei e fui. Ainda tivemos que esperar por um amigo nosso, o Alê, que chegou meia hora depois do combinado...Saímos por volta das 21:00 horas descendo a Rua Augusta ouvindo o EP remasterizado que ele tinha comprado, com metade do show feito no Japão da turnê do Warning no volume 20 (e autografado pelo próprio Geoff Tate). Depois pegamos a Av. Europa em direção à Marginal, mas ele errou o caminho e quase fomos parar não-sei-aonde...Se informa daqui, procura dali e depois de muito perambular, coseguimos sair perto da ponte estaiada recém-inaugurada (aleluiaaaaaaa!!!). Finalmente estávamos no caminho certo para o Credicard Hall!!!

Chegamos lá pelas 21:30, deixamos o Alê na entrada para comprar o ingresso enquanto íamos estacionar o carro. Quando o encontramos, estava com uma cara de tacho...O ingresso na bilheteria tava custando 120 paus, e o esperto não me leva dinheiro no bolso nem tava a fim de gastar tanto assim...E ainda queria saber onde tinha um caixa eletrônico mais próximo...Demos um ultimato pra ele e fomos entrando na casa (faltavam 15 minutos para o início do show). Estávamos a menos de 10 metros do palco quando, passando um pouco das 22 horas, quem me aparece na pista, com um copaço de cerveja? A figura, hehehehhe...Foi bem nessa hora que as luzes da casa se apagaram e um grande suspense tomou conta de todo mundo...

As cortinas se abrem, a banda entra já barbarizando com Best I Can. Geoff Tate entra vestindo um conjunto preto de calça e blazer e de óculos escuros. Não tinha do que reclamar, todo mundo já cantando junto desde o começo. Não dá tempo nem de respirar e já emendam NM 156 e Screaming In Digital. Nessa hora teve um tiozão de pelo menos uns 45 anos, baixinho, de cabelo grisalho e óculos grandes que protagonizou um dos momentos mais pentelhantes da noite...Com um baita copo de cerva nas mãos, começou a gritar, cantar e jogar cerveja pra todo lado, batizando a pista do Credicard Hall. E ainda ficava querendo se equilibrar esbarrando em todo mundo, putz...Isso foi durante todo o show. Depois a banda tocou Hostage, The Hands, The Killing Words e Another Rainy Night. Nessa hora dava pra perceber que muita gente não conhecia as músicas mais antigas e prestavam mais atenção na performance (que eu concordo ser extremamente teatral e hipnotizante) de Tate. Quando chegou Gonna Get Close To You o Ed pediu pra filmar o resto do show, tava difícil de manter os braços sem tremer para registrar tudo. Depois de Walking In The Shadows ele me pediu a câmera de volta. Foi então que Geoff deu um tempo e começou a falar da próxima música, que era do álbum de covers recém-lançado (Take Cover) e quando anunciou que o cover seria do Black Sabbath eu já gritei "ele vai tocar Neon Knights". Não deu outra, o alvoroço tomou conta da pista e aí foi difícil de aturar o tiozão do nosso lado, completamente chapado...Last Time In Paris (do Empire) e Breaking The Silence deram sequência ao setlist, que voltaria ao Empire com Anybody Listening, cantada com extrema dedicação da platéia e com um feeling nota 10³ por Geoff e Jet City Woman também teve o mesmo empenho do público, inclusive nessa hora lá fui eu filmar de novo, quando de repente a mão do tiozinho mamado entra na frente da lente e ainda por cima me empurra, quase dei uma cotovelada pra ele ir parar na Marginal pra nunca mais me encher o saco!!! Nos intervalos das músicas, Tate contava algumas curiosidades e também ficava filosofando sobre várias coisas. Seu inglês é perfeito, o problema era tentar entendê-lo com tanta gente gritando nomes de músicas para eles tocarem...Eyes Of Stranger do Operation Mindcrime veio na sequência, muito empolgante. The Lady Wore Black na versão lançada em single (mais lenta que a do EP) encerrou a primeira parte do show.

Nessa hora deu pra perceber que o único que não estava nem aí para o público era o baixista Eddie Jackson. No começo do show estava tocando em cima de um tablado ao lado da bateria e depois foi para perto do público, mas continuou de cara amarrada o tempo todo, ao contrário dos outros integrantes, que estavam empenhados o tempo todo, com muito feeling e técnica apurada em todos os momentos. Antes de toda a banda voltar (falando nisso, o que dizer do baterista Scott Rockenfield, que parecia que a bateria não ia aguentar tanto punch da parte dele?), o guitarrista Mike Stone entra com um cavaquinho eletrônico e toca Brasileirinho e um trecho do Hino Nacional no melhor estilo trio elétrico. Muito dez, hahahahhaha...A banda inteira volta executando a faixa-título Empire e Take Hold Of The Flame. No fim desta, Geoff anuncia a música que iria encerrar a noite, dizendo que "essa música os tornou famosos e que também algumas pessoas tenham sido concebidas com essa música de fundo...", o que fez todo mundo cair na gargalhada. É claro que estava falando de Silent Lucidity, o que fez o tiozão briaco se revoltar, dizendo que "quem quisesse ouvir essa que ligasse o rádio". No fim do show a banda pegou e mostrou a bandeira do Brasil e agradeceu a todos. Fim do show.

Saímos correndo pelos fundos do Credicard e fomos um dos primeiros a sair, para evitar tumulto. Ainda passamos numa pizzaria da Joaquim Floriano para o Alê e o Ed comerem e depois fomos para casa. Bem, sobre o show, não teve o que dizer, foi perfeito, Geoff ainda canta muito (e segundo o Ed, estava beeeeem melhor do que o show de 1998 no Parque Antártica, na turnê da tranqueira chamada Headed Of A New Frontier). E a banda fez de tudo para agradar e foi correspondida pela platéia que, se não chegou a lotar a casa, deu sua honrosa contribuição para uma noite inesquecível. VALEU QUEENSRYCHE, ATÉ A PRÓXIMA!!!!!!!!!!

P.S.: em breve, fotos do show.

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